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A arte de frear bem

Na prática

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A arte de frear bem

Na prática 30/04/2019
Mulher pilotando moto Honda Pcx em cidade

Saber andar bem de motocicleta é o objetivo de todos nós. Poder rodar em qualquer tipo de estrada com segurança, saber evitar as armadilhas do trânsito nos grandes centros urbanos, encarar trilhas desafiadoras... cada um tem seu gosto, preferência e necessidade, mas... e saber frear?

Diz o provérbio que “é para frente que se anda”. Talvez por isso nossas primeiras experiências ao guidão visam progredir, acelerar, pois parado ninguém aprende nada. Mas parar bem a motocicleta é o segredo para poder seguir adiante e chegar onde queremos sem medo nem susto.

Primeira regra para aprender a frear corretamente? Não há segredo, é treinar, mas antes disso é preciso ter alguma informação e saber que nem todas as motocicletas exigem o mesmo tipo de técnica.

Uma motocicleta tipo “street”, seja uma CG 160 ou uma CB 650F, tem no freio dianteiro seu comando principal, prioritário. É ele que deve ser acionado com mais energia, cabendo ao freio traseiro um papel coadjuvante.

Instrutores credenciados como os dos CETH – Centro Educacional de Trânsito Honda – estimam que a frenagem ideal neste tipo de motocicleta deve ter a potência distribuída em, aproximadamente, 70%-30% entre freio dianteiro e traseiro. Esta regra vale também para as motocicletas tipo trail, da NXR 160 Bros até a poderosa CRF 1000L AFrica Twin.

Detalhe importante é a obrigatoriedade, vigente desde o início de 2019, que todas as motocicletas fabricadas no Brasil tenham algum tipo de assistência nos freios. Para as motocicletas maiores, com motores acima dos 250cc, o ABS, sistema antitravamento, enquanto nas motos menores o sistema CBS, pelo qual acionando o pedal de freio ambas rodas recebem ação frenante o que não desobriga ao uso do manete do freio dianteiro.

Já nas motos tipo Custom ou nas Scooters a intensidade de ação nos comandos do freio dianteiro e traseiro muda: em vez de dedicar ao dianteiro mais energia o correto é distribuir de modo equivalente a ação nos comandos, havendo ou não sistemas auxiliares como os citados ABS e CBS.

A razão? Simples: tanto as Custom como as Scooters têm uma distribuição de peso diferente, concentrada mais na porção traseira o que exige uma ação mais enérgica direcionada ao freio traseiro, mas que nunca ultrapasse a proporção 50%-50%. Ou seja, usar ambos os comandos com mesma intensidade.

Lá no começo falamos que treinar é a principal “arma” para aprender a frear corretamente. Isso significa não apenas afiar sua sensibilidade para entender como reage cada comando de freio – seja ele a manete ou o pedal ou, como nas scooters, os dois manetes – como também sentir as reações específicas de sua montaria. Pilotos com alguma experiência precisam lembrar que características de frenagem mudam ao passar de um modelo de moto a outro. Já os inexperientes precisam desenvolver a sensibilidade, sentir o que acontece acionando freio dianteiro, freio traseiro e ambos.

Local para estes exercícios? Uma rua tranquila, com pavimentação em bom estado, e sempre realizar as frenagens subindo progressivamente a velocidade, convenientemente equipado é claro!      

E na chuva? E em pisos escorregadios como estrada de terra, cascalho ou brita? A frenagem em condições críticas deve ser mais suave, exigindo uma leve redução da carga aplicada na roda dianteira e anda mais sensibilidade por parte do piloto. O cuidado na fase inicial da frenagem precisa ser redobrado para sentir o nível de aderência e então, gradualmente, aplicar maior potência nos comandos.

Como dissemos no início, todos nós queremos acelerar, mas é fundamental saber frear corretamente, o que garantirá muitos quilômetros de prazer ao guidão, qualquer que seja o tipo e tamanho de nossas motocicletas ou scooters.

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