As motos clássicas da Honda têm muita história para contar, com direito à curiosidades e momentos nostálgicos que te levarão em uma viagem no tempo. Afinal nossas motos antigas são únicas e dão vida aos novos modelos da Honda.
O sucesso imediato da CG 125, lançada no final de 1976, não foi uma surpresa. A Honda sabia que a moto fabricada em Manaus iria conquistar clientes pela qualidade construtiva e eficiência dinâmica, reafirmando que uma Honda é sempre uma Honda, independentemente de ser produzida no Japão ou na Amazônia.
Para aproveitar o sucesso da CG 125, aproximadamente um ano depois, a Honda lançou uma versão renovada da CG e a inédita Honda 125 ML, uma versão de luxo da CG 125. Essa novidade atraiu atenção imediata devido à combinação perfeita de acessórios e um visual distinto, mantendo a robustez e eficiência da mecânica da CG 125 sem alterações significativas.
O design aprimorado da Honda 125 ML incluía um tanque de novo formato, 0,5 litro maior, e itens exclusivos, como a proteção tubular para as pernas do piloto – o popular “mata-cachorro” – além de um robusto bagageiro tubular traseiro com trava de capacete. O banco apresentava um leve desnível entre as áreas destinadas ao piloto e à garupa. Em termos técnicos, a Honda 125 ML trouxe duas evoluções significativas em relação à CG 125: um câmbio de cinco marchas em vez de quatro, e um freio a disco na roda dianteira, substituindo o freio a tambor, com acionamento mecânico por cabo de aço.
A primeira geração da Honda 125 ML permaneceu no mercado de 1978 a 1982, praticamente sem alterações. Em 1983, uma significativa mudança estética renovou tanto a CG 125 quanto a ML: foram introduzidas linhas mais retas no tanque e nas laterais, junto com faróis e lanternas retangulares, e um sistema elétrico de 12 volts. O novo painel incluía um marcador de nível de combustível, e o freio a disco dianteiro passou a ter acionamento hidráulico.
Em 1984, a Honda 125 ML recebeu um aumento de potência, substituindo o motor OHV de 11 cv pelo motor OHC, com comando de válvulas no cabeçote, herdado da Turuna, alcançando 14 cv. Com essa configuração técnica e constantes renovações estéticas anuais, a 125 ML foi produzida até 1988, totalizando 161.511 unidades fabricadas.
A Honda 125 ML apresentada nas fotos pertence a um colecionador em São Paulo, SP, e é um modelo de 1979 da primeira geração. Trata-se de um exemplar bem conservado e não restaurado, cujas pequenas imperfeições são "marcas do tempo" que valorizam sua durabilidade e qualidade construtiva, demonstrando o legado da fábrica de Manaus, que completou 48 anos. Com pouco mais de 56 mil quilômetros registrados no hodômetro, esta Honda 125 ML é completamente original, exceto pela capa do banco, que foi substituída por uma réplica fiel. Como todas as motos produzidas no Brasil no final dos anos 1970, a Honda 125 ML é cada vez mais cobiçada por colecionadores, sendo um dos modelos pioneiros da indústria motociclista no país.
Detalhe do motor da Honda 125 ML, com foco em componentes específicos
Detalhe do motor da Moto Honda 125 ML, mostrando o logo e os componentes Detalhe do Motor da motocicleta Honda 125 ML
Detalhe do motor da Honda 125 ML, mostrando componentes e o logo
Detalhe da parte traseira da moto Honda 125 ML, mostrando o suporte e a iluminação
Detalhe do escapamento da moto Honda 125 ML, com gravação de produção
Honda 125 ML em fotografia lateral, destacando seu design clássico
Vista frontal da Moto Honda 125 ML, destacando seu design e detalhes
Vista lateral da moto Honda 125 ML, destacando seu design clássico e detalhes
Detalhe do painel de instrumentos da Honda 125 ML, mostrando o velocímetro e o conta-giros