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Honda 125 ML: a CG 125 de luxo

Clássicos

As motos clássicas da Honda têm muita história para contar, com direito à curiosidades e momentos nostálgicos que te levarão em uma viagem no tempo. Afinal nossas motos antigas são únicas e dão vida aos novos modelos da Honda.

Honda 125 ML: a CG 125 de luxo

Clássicos 25/02/2025
Propaganda da Moto Honda 125 ML de 1978, destacando sua economia e modelo de luxo

O sucesso imediato da CG 125, lançada no final de 1976, não foi uma surpresa. A Honda sabia que a moto fabricada em Manaus iria conquistar clientes pela qualidade construtiva e eficiência dinâmica, reafirmando que uma Honda é sempre uma Honda, independentemente de ser produzida no Japão ou na Amazônia.

Para aproveitar o sucesso da CG 125, aproximadamente um ano depois, a Honda lançou uma versão renovada da CG e a inédita Honda 125 ML, uma versão de luxo da CG 125. Essa novidade atraiu atenção imediata devido à combinação perfeita de acessórios e um visual distinto, mantendo a robustez e eficiência da mecânica da CG 125 sem alterações significativas.

O design aprimorado da Honda 125 ML incluía um tanque de novo formato, 0,5 litro maior, e itens exclusivos, como a proteção tubular para as pernas do piloto – o popular “mata-cachorro” – além de um robusto bagageiro tubular traseiro com trava de capacete. O banco apresentava um leve desnível entre as áreas destinadas ao piloto e à garupa. Em termos técnicos, a Honda 125 ML trouxe duas evoluções significativas em relação à CG 125: um câmbio de cinco marchas em vez de quatro, e um freio a disco na roda dianteira, substituindo o freio a tambor, com acionamento mecânico por cabo de aço.

A primeira geração da Honda 125 ML permaneceu no mercado de 1978 a 1982, praticamente sem alterações. Em 1983, uma significativa mudança estética renovou tanto a CG 125 quanto a ML: foram introduzidas linhas mais retas no tanque e nas laterais, junto com faróis e lanternas retangulares, e um sistema elétrico de 12 volts. O novo painel incluía um marcador de nível de combustível, e o freio a disco dianteiro passou a ter acionamento hidráulico.

Em 1984, a Honda 125 ML recebeu um aumento de potência, substituindo o motor OHV de 11 cv pelo motor OHC, com comando de válvulas no cabeçote, herdado da Turuna, alcançando 14 cv. Com essa configuração técnica e constantes renovações estéticas anuais, a 125 ML foi produzida até 1988, totalizando 161.511 unidades fabricadas.

A Honda 125 ML apresentada nas fotos pertence a um colecionador em São Paulo, SP, e é um modelo de 1979 da primeira geração. Trata-se de um exemplar bem conservado e não restaurado, cujas pequenas imperfeições são "marcas do tempo" que valorizam sua durabilidade e qualidade construtiva, demonstrando o legado da fábrica de Manaus, que completou 48 anos. Com pouco mais de 56 mil quilômetros registrados no hodômetro, esta Honda 125 ML é completamente original, exceto pela capa do banco, que foi substituída por uma réplica fiel. Como todas as motos produzidas no Brasil no final dos anos 1970, a Honda 125 ML é cada vez mais cobiçada por colecionadores, sendo um dos modelos pioneiros da indústria motociclista no país.