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Marc Márquez, a estreia no Mundial de Motovelocidade - Capítulo 2

Na Competição

Seja no asfalto, na terra, na lama ou na areia, um bom piloto deve estar preparado para enfrentar qualquer competição e corrida de moto. Esse universo radical está no DNA da Honda e realmente é para aqueles que são movidos pelo desafio. Acompanhe conteúdos especiais sobre os campeonatos nacionais e internacionais de motovelocidade e motocross como MotoGP, SuperBike e muito mais!

Marc Márquez, a estreia no Mundial de Motovelocidade - Capítulo 2

Na Competição 03/07/2018
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Marc Márquez, a glória
Parte 2
Piloto Marc Marquez no pódio jogando champanhe com garrafa nas mãos

MARC MÁRQUEZ, A GLÓRIA

PARTE 2

Como foram os primeiros momentos de Marc Márquez no Mundial de Motovelocidade? Dolorosos! Da empolgação de integrar aos 15 anos de idade uma equipe do Mundial da categoria 125, Marc Márquez passou a frustração de ter de pular não apenas o 1º Grande Prêmio do ano, no Qatar, mas também o segundo em Jerez. Motivo? Um braço quebrado em um treino pré-temporada.

Acidentes fazem parte do jogo, assim como sua pior consequência, o ferimento que impossibilite momentaneamente ao piloto de competir. E de quebra sempre vem a sofrida recuperação.No caso de Marc, o acidente foi particularmente cruel, não tanto pelo grau de gravidade da fratura, mas sim por acontecer de modo besta, completamente inexplicável.

Voltando para o box, na bem conhecida pista de Jerez de La Frontera, a meros 60 km/h, Marc caiu. Um tombo estranho, no finalzinho dos treinos preparatórios para sua 1ª temporada, mas que confirmou o velho ditado, “tudo que começa mal,termina bem”...

 

Márquez perdeu as duas corridas iniciais da temporada, mas quando finalmente estreou, mostrou serviço: os primeiros pontos vieram logona 2ª corrida. O primeiro pódio na sexta, um brilhante 3º lugar na Inglaterra! Nas 14 corridas disputadas naquele ano, Marcmarcou pontos na metade delas, e terminou a temporada em um excelente 13º lugar na tabela de classificação.

O segundo ano na categoria 125do Mundialfoi marcado pela alternância: resultados brilhantes, como um3º lugar em Jerez,constantes classificações entre os top-five e... tombos! Estava claro que Marc já estava andando mais do que sua moto, uma KTM, e que o 8º lugar na classificação geral da temporada não espelhava seu real talento.

Em 2010, suaterceira temporada plena no Mundial da 125, o que era esperado aconteceu: primeira vitória, na Itália, que foi seguida de outras quatro. O total decinco conquistas consecutivas foiapenas o começo de uma temporada espetacular. No final do ano,o saldo foi de dez vitórias, dois terceiroslugarese o primeiro título mundial!

Em três temporadas na 125, Márquez competiu em 46 GP, venceu dez deles (22%) e pisou no pódio em 14 ocasiões (30%), além de ter registrado 14 pole-positions. O passo mais do que óbvio para a temporada seguinte seria subir de categoria. Da 125 de pouco mais de 50cavalos de potênciapara a Moto2, equipada com o poderoso motor Honda de quatro cilindros em linha e 600cc, monstro de mais de 140 cavalos.

Mesmo já não sendo mais tão franzino, a adaptação de Marc Márquez à nova categoria não foi tão fácil. Nas três primeiras corridas da temporada caiu, na quarta venceu. Dali por diante,emendou mais seis vitórias, e só não foi campeão por causa do acidente nos treinos do antepenúltimo GP do ano, na Malásia, quando bateu forte a cabeça e teve de renunciar às duas corridas finais por problemas de visão.

O acidente obrigou Márquez a fazer uma delicada cirurgia, cujo sucesso devolveu ao piloto a plena capacidade de visão. Porém, aquela primeira temporada na Moto2 deixou outras marcas.

Marc passou a ser visto como um predador implacável, piloto capaz de tudo para vencer. A atitude agressiva lhe valeu uma penalização no GP da Austrália, quando foi punidopor “comportamento irresponsável na pista” nos treinos e teve de largar na 38ª e última posição. Na corrida deu show, passou (quase) todo mundo e chegou em 3º.

Ninguém em 2011 ousaria dizer que havia piloto melhor no grid da Moto2 do que o vice-campeão Marc Márquez, mas ao mesmo tempo, sua popularidade no paddock era mínima.Na temporada seguinte, a segunda e última na Moto2, Marc continuou sem grande simpatia dos adversários, e para pioraros humilhou: foi campeão vencendo nove corridas, 14 pódios no total. Aliás, em apenas uma corrida, na Itália, Márquez não pisou no pódio, chegando em 5º lugar. Em uma só palavra: devastador!

Em duas temporadas na Moto2, competiu em 32 GP, venceu 16 (50%), foi ao pódio 25 vezes (78%), e marcou 14 poles. Seu prêmio por tamanho domínio, além dosegundo título mundial, foi a contratação pela equipe Honda-Repsol para disputar a categoria principal, a MotoGP na temporada de 2013.

Marc Márquez chegara ao topo, e nem teve de cumprir o tradicional percurso que seriao de passar por uma equipe “satélite” da Honda, para depois de uma temporada, assumir o guidão na equipe oficial. Aliás, como fez inclusive Valentino Rossi.

Aos 20 anos de idade, o guidão da melhor moto na melhor equipe do planeta era dele. E a história de mais esse desafio na carreira do fenomenal Marc Márquez ficará para opróximo capítulo...