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Mundial de motovelocidade no Brasil – Honda domina na estreia

Na Competição

Seja no asfalto, na terra, na lama ou na areia, um bom piloto deve estar preparado para enfrentar qualquer competição e corrida de moto. Esse universo radical está no DNA da Honda e realmente é para aqueles que são movidos pelo desafio. Acompanhe conteúdos especiais sobre os campeonatos nacionais e internacionais de motovelocidade e motocross como MotoGP, SuperBike e muito mais!

Mundial de motovelocidade no Brasil – Honda domina na estreia

Na Competição 11/08/2021
Piloto do mundial de motovelocidade no Brasil Wayne Gardner

Em 27 de setembro de 1987 o Brasil entrou para o seleto grupo de países a receber uma etapa do Mundial de Motovelocidade, o Grand Prix Motorcycle Racing World Championship, hoje conhecido por Mundial da MotoGP.

A localidade escolhida foi a pista de Goiânia, onde em um final de semana de sol pleno e calor de mais de 40ºC, 32 pilotos da categoria 250 e 17 da categoria principal, a 500cc, realizaram duas corridas de tirar o fôlego no traçado de 3,8 km da pista, situada nas cercanias da capital de Goiás.

A etapa de Goiânia seria a 14ª e penúltima do Mundial de Motovelocidade daquele ano, e o australiano Wayne Gardner, piloto da equipe oficial Honda-HRC, desembarcou em Goiânia líder na pontuação, e com chance de “fechar a fatura” ali mesmo e levar seu primeiro título de campeão mundial para casa por antecipação.

Porém, seus rivais na disputa eram ninguém menos que os lendários Randy Mamola e Eddie Lawson, norte-americanos que fariam de tudo paea empurrar a decisão para a corrida de encerramento da temporada, o GP da Argentina, a ser disputado uma semana depois do Grand Prix Brasil.

Às 13 horas em ponto a categoria principal, a 500, largou diante de um entusiasmado público de mais de 30 mil pessoas. Na pole-position Wayne Gardner, dominador dos treinos, sabia que poderia fazer história naquela tarde em Goiânia, sagrando-se o primeiro australiano campeão mundial da categoria máxima da motovelocidade.

Ao guidão da poderosa Honda NSR 500, Gardner pulou na ponta desde a primeira curva e não olhou mais para trás. Liderou todas as 32 voltas deste que foi o 1ª GP Brasil da história da motovelocidade mundial, tornando-se campeão com uma temporada impressionante: dez poles, oito voltas mais rápidas e sete vitórias, e um total de doze pódios em quinze Grande Prêmios. A superioridade de Gardner e sua Honda NSR 500 frente aos adversários nesta temporada de 1987 não deixou dúvidas.

Como se não bastasse, na corrida das 250 deu Honda de novo, com o francês Dominique Sarron – que também saiu da pole! – levando sua NSR 250 oficial à vitória. Como na corrida das 500, foi uma vitória de ponta a ponta. Aliás, a Honda ocupou as quatro primeiras posições daquela corrida da 250, 11º conquista da Honda no ano naquela categoria.

A NSR 250 não apenas foi a moto que mais corridas venceu na categoria como deu o título campeão mundial para o alemão Anton Mang, que já chegou a Goiânia com o nº 1 estampado na carenagem, título conquistado por antecipação após nada menos que oito vitórias.

O sucesso deste GP Brasil pioneiro foi indiscutível. As únicas críticas foram direcionadas ao estado da pista, considerada muito ondulada, todavia a infraestrutura e, especialmente, o calor do povo goiano fizeram a FIM – Federação Internacional de Motociclismo – dar nota 9 aos organizadores desta primeira etapa do Mundial de Motovelocidade realizada no Brasil, o que rendeu a renovação do contrato e a inclusão do Brasil no calendário mundial por mais dois anos.

Para a Honda, vencer as duas corridas da etapa brasileira e conquistar os títulos mundiais da 500 e 250 não poderia ter sido melhor. À título de comemoração, a revista Moto Show conseguiu que o campeão Wayne Gardner rodasse na pista de Goiânia com uma Honda CBX 750F made in Manaus, motocicleta que surpreendeu positivamente o campeão australiano, que declarou não imaginar que uma motocicleta daquele nível pudesse ser feita fora do Japão.