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Rally Paris-Dakar 1982: a primeira vitória da Honda

Na Competição

Seja no asfalto, na terra, na lama ou na areia, um bom piloto deve estar preparado para enfrentar qualquer competição e corrida de moto. Esse universo radical está no DNA da Honda e realmente é para aqueles que são movidos pelo desafio. Acompanhe conteúdos especiais sobre os campeonatos nacionais e internacionais de motovelocidade e motocross como MotoGP, SuperBike e muito mais!

Rally Paris-Dakar 1982: a primeira vitória da Honda

Na Competição 30/06/2021

No comecinho dos anos 1980 o mundo olhava de olhos arregalados o Paris-Dakar, maratona batizada com o nome da cidade de largada e chegada. À época tal competição era uma absoluta novidade, um desafio sem precedentes. O sinal verde acendia no dia 1ª de janeiro, debaixo da torre Eiffel em Paris, e a bandeira quadriculada era dada somente vinte dias depois, às margens do Lago Rosa, em Dakar, no Senegal.

Entre Europa e África, nada menos que 10.000 km de encrenca, terrenos do ruim ao pior, e exatos 5.963 km de etapas especiais, ou seja, mão no fundo. Motos, carros, caminhões, tudo junto e misturado, um total de 385 veículos inscritos dos quais 129 eram motos. Na chegada, apenas 33 delas conseguiram concluir a maratona, com três Honda no “top ten”, e duas fazendo a dobradinha em 1ª e 2º lugar.

A vitória da Honda no Paris-Dakar de 1982 marcou a estreia de uma equipe oficial formada por quatro pilotos franceses: o vencedor Cyril Neveu, Philippe Vassard, 2ª colocado, Bernard Rigoni, 7º e Patrick Drobecq que foi obrigado a abandonar a prova.

A moto usada pelo quarteto foi a Honda XR 500R, cujo motor monocilindrico teve sua capacidade cúbica aumentada para 550 cc visando alcançar maior potência, que passou dos 36 cv originais para 45 cv. Esta modificação exigiu a instalação de um radiador de óleo para manter a temperatura do motor dentro de um limite aceitável.

Por conta das longas etapas do rali e pela falta de infraestrutura na África, o aumento da capacidade do tanque de combustível para 42 litros foi obrigatório, assim como uma camada extra de espuma no banco, para ajudar aos pilotos encarar etapas de mais de 12 horas diárias quase três semanas.

No âmbito das suspensões, o curso foi levemente aumentado, mas de resto a XR 500R campeã do Paris-Dakar 1982 diferia da moto de série apenas pela instalação de um farol suplementar e sistema de escape mais leve.

A conquista do 1º e 2º lugar no Paris-Dakar 1982 comprovou não apenas a excelente performance das XR 500R mas também uma confiabilidade superior por parte das Honda, que na largada representavam 20% do total das motos inscritas, enquanto na chegada, das “sobreviventes” mais de 30% eram Honda.

A vitória no mais difícil rali do planeta foi a 1ª de uma série de conquistas da Honda no Rally Paris-Dakar, vitórias que tiveram como protagonistas motos bem diferentes da XR 500R pioneira que, como dito, era bem pouco diferente da moto encontrada nas concessionárias Honda. O Paris-Dakar evoluiria, e o mesmo aconteceria com as motos nele usadas, o que fez surgir uma verdadeira lenda chamada Honda NXR 750, vencedora durante quatro anos consecutivos – 1986 a 1989 – e que será tema de uma futura postagem aqui no Blog. Aguardem...