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Transmissão secundária: as diferenças entre corrente, correia e cardã

Na Garagem

Quer entender um pouco mais sobre o funcionamento e manutenção de motos? Aqui você encontra dicas e cuidados que precisa ter com a sua motocicleta, passando por acessórios, peças, revisões equipamentos e muito mais.

Transmissão secundária: as diferenças entre corrente, correia e cardã

Na Garagem 20/04/2021
Moto Honda Crosstourer vermelha

A palavra “transmissão” é parte do vocabulário dos motociclistas, e diz respeito a dois conjuntos distintos, presentes em todas as motos e scooters: a transmissão primária, formada por câmbios de diversos tipos (convencional, automatizado DCT ou automático CVT), e a transmissão secundária, que leva a energia gerada pelo motor do câmbio à roda.

Para esta importantíssima função, a transmissão secundária pode usar três diferentes sistemas: a manjada corrente, a correia e o eixo cardã. Qual delas é a melhor? Resposta imediata: tudo depende do tipo de veículo e sua utilização.

Em todo projeto um dos pontos mais importantes é definir para que tipo de uso a nova moto, ou scooter, se destinará. Uma simples utilitária como a Honda POP 110i exige um tipo de abordagem técnica, já uma scooter como a PCX, outra, assim como a gigantesca GL 1800 Gold Wing, outra ainda.

Escolhemos tais exemplos não por acaso, mas sim para destacar que na linha de produtos da Honda, todos os tipos de transmissão secundária citados têm aplicação específica.

A transmissão por corrente equipa da Pop 110i à poderosa superesportiva Fireblade, assim como todas as Biz, CG, CB, CBR, NXR, XRE e CRF. É o tipo de transmissão mais utilizado, por reunir qualidades importantes tais como baixo custo de produção, durabilidade, facilidade de manutenção e leveza, item este muito importante. Quanto mais leve for o sistema de transmissão secundária – que além da corrente inclui as engrenagens chamadas de pinhão e coroa – menor será o desperdício de energia e, por consequência, melhor o desempenho.

Já a transmissão por correia foi a escolhida para equipar as scooters Honda, da pequena Elite à SH 300i. Tal opção tem a ver com o câmbio CVT, que exige uso de uma correia (também chamada de V-Belt), fabricada com uma sofisticada mistura de materiais têxteis, borracha sintética e fibras aramídicas como o Kevlar.

Ao contrário do sistema por corrente, a transmissão secundária por correia exige manutenção mínima, e apresenta funcionamento silencioso. Todavia, a perda de energia deste sistema de transmissão é estimada em cerca de 10%, enquanto com a corrente convencional a perda é por volta de 3%. Exceção no âmbito das scooters Honda é a X-ADV, que por ser dotada de câmbio DCT, e não CVT, usa transmissão secundária por corrente.

O cardã é o sistema de transmissão secundária utilizado nas Honda GL 1800 Gold Wing e, no passado, nas Shadow 750, VFR 1200C e Crosstourer. É um sistema campeão em confiabilidade e robustez, que exige manutenção mínima, porém acarreta a maior perda de energia entre os três sistemas. A escolha do eixo cardã para tais modelos de moto tem a ver, como dito no início, com suas características: todas estas motos têm elevado torque e, no caso da VFR e Crosstourer, acrescente-se a opção de dotá-las de suspensão traseira monobraço, cuja arquitetura é ideal para abrigar o eixo cardã.

Seja qual for o sistema de transmissão secundária que equipa sua Honda, há um ponto em comum entre eles – além da óbvia função de todos levarem a energia que o motor transmite ao câmbio até as rodas: a excelência do projeto, que garante a melhor performance seja em desempenho, durabilidade ou confiabilidade.