Encontrar uma concessionária

A conquista da América - parte 2: “...as melhores pessoas em uma Honda.”

O poder dos sonhos

Para você que é curioso e quer saber tudo sobre a história da moto, curiosidades da Honda e acontecimentos extraordinários do universo das motocicletas, contamos tudo aqui. Surpreenda-se com a jornada da marca que mais entende de sonhos.

A conquista da América - parte 2: “...as melhores pessoas em uma Honda.”

O poder dos sonhos 12/07/2021
Post Anterior Próximo post
A conquista da América
Parte 2
Moto Honda Super Cub de 1960 Vermelha

Surpreendente é a palavra certa para definir a aceitação da Honda Super Cub no comecinho dos anos 1960 nos EUA, país que naquela altura ainda respirava um “ar pesado” quando o assunto era motocicleta.

Mal vistas, definitivamente associadas a gangues – a mais notória delas os Hell’s Angels –, Hollywood alimentou o estereótipo com filmes de sucesso como “O Selvagem” (The Wild One), que definitivamente marcou o veículo como coisa de bandido. Mas aí veio a Honda...

Para motos chegarem à garagem das famílias norte-americanas seria necessário um produto diferente de tudo, e a pequena, colorida, simpática e acessível Super Cub era tudo isso mesmo.

Mas, para inverter a lógica vigente, não bastava apenas um bom produto. Era preciso também um toque de magia, e ele veio de Robert Emmenegger, criador de uma mágica campanha publicitária.

YOU MEET THE NICEST PEOPLE ON A HONDA”, cuja tradução é “você conhece as melhores pessoas em uma Honda” foi mais do que o melhor slogan (usado por mais de uma década!) que a Honda poderia almejar. Tal frase estampada em coloridos anúncios nas revistas de grande circulação veio acompanhada de jingles que “colaram” nos ouvidos das pessoas.

A Honda decolou, saiu do patamarzinho de marca exótica e entrou na vida da América. Em vez de gente mal-encarada vestindo blusões de couro preto, fazendo arruaça na porta de botecos tarde da noite, o público da Honda era feito de jovens e nem tanto, todos sorridentes, indo às compras, cruzando o campus das universidades, desfrutando de uma mobilidade inédita, simples, fácil e simpática.

É claro que a magia da publicidade nada poderia ter feito se a Super Cub não fosse genial, e também é evidente que as boas vendas não se sustentariam se não houvesse um “business plan” afiado escorando tudo.

A disseminação da marca e sua popularização teve como importante parte da estratégia a comercialização em grandes lojas de departamentos. Expostas entre sofás, eletrodomésticos, brinquedos, vestidos e objetos de decoração, as Honda Super Cub foram percebidas, apreciadas e compradas por gente que, se tivesse de entrar em uma loja de motos, faria antes o sinal da cruz.

Outros fatores que impulsionaram o sucesso? O baixo preço, que cabia no bolso raso de estudantes universitários vivendo de mesada e bicos cá e lá, e a tradicional qualidade Honda, que com o inquebrável e econômico motor 4 tempos de 50cc definiu um novo padrão, no qual manchas de óleo no chão da garagem jamais seriam de uma Honda.

“The thrifty, nifty Honda fifty” (a econômica e estilosa Honda cinquenta...) caiu no gosto dos americanos, e serviu de isca para atrair clientes para modelos maiores. Uma fase da conquista da América que contaremos na terceira parte desta história...