Honda CG 160 2025: – PARTE 2 – A história!

Uma motocicleta que se aproxima velozmente da marca de 15 milhões de unidades produzidas deve ter algo de especial, e é este percurso de sucesso da Honda CG made in Manaus que vamos contar para você aqui, desde o comecinho. Aliás, antes mesmo do comecinho.

Quando a Honda se estabeleceu no Brasil como importadora, em 1971, trouxe do Japão a Honda CB 125S, moto que imediatamente fez sucesso. Nos dois anos em que esteve no mercado, de 1974 até 1976, a CB 125S conquistou fama de robusta e muito bem acabada.

Escolher algo parecido para, em 1976, inaugurar sua linha de produção em Manaus, em plena Amazônia, foi uma decisão sensata. Desse modo, nasce a CG 125, modelo inspirado na CB 125S, mas especificamente desenvolvido para o Brasil.

Quais as diferenças? A CG 125 chegou mais parruda, preparada para encarar estradas ruins e donos não muito acostumados com manutenções periódicas. Seu motor era ligeiramente menos potente que o da japonesa CB 125S, 11 cv contra 12 cv, mas mais resistente. Outra diferença era que a CG 125 tinha quatro marchas e a CB 125S cinco.

Construída com capricho, a CG 125 amazônica impressionou de cara por seu ótimo acabamento, que nada ficava devendo ao das motos japonesas​ da Honda. Trazia itens como painel completo, com velocímetro e conta-giros, tanque maior que o da CB 125S e um grafismo inspirado na lendária Honda CB 750 Four.  

Resistente, bonita, econômica – a Honda anunciava até 57 km/l de gasolina –, a brasileiríssima CG 125 contou com um supergaroto-propaganda para seu lançamento, ninguém menos que Pelé, o rei do futebol. O eterno camisa 10, em uma moto nota dez!

E, falando em dez, esta CG 160 2025 é exatamente a 10ª geração do modelo, cujos detalhes você conferiu na primeira parte desta série especial CG. Abaixo, saiba como a Honda CG evoluiu a cada geração:

1ª geração – 1976 a 1982

A primeira atualização foi em 1978, na suspensão dianteira, que passou a ter molas internas. Nesse mesmo ano, surge a ML 125, uma CG com freio a disco mecânico na dianteira e acabamento mais luxuoso. Em 1979, nasce a Turuna, esportiva mais potente derivada da CG, mas equipada com motor OHC em vez do motor OHV. Em 1981, surge a CG 125 a álcool, pioneira mundial no uso do combustível vegetal, que, de quebra, trazia um exclusivo câmbio de cinco marchas.

2ª geração – 1983 a 1988

O sistema elétrico passa a ser de 12 V, e mudanças no carburador, com sistema Ecco, marcam a CG 125 1983, assim como o tanque que perdeu as formas arredondadas da CG pioneira. Dois anos depois, em 1985, chega o câmbio de cinco marchas na CG. Em 1988, nasce a CG Cargo, para uso profissional.

3ª geração – 1989 a 1993

Surge a CG Today, em 1989, com novo visual, painel inédito e chassi reforçado. A safra 1991 é marcada pela chegada do CDI, acompanhado de muitas melhorias no motor e no chassi, que trouxeram maior potência e robustez.

4ª geração – 1994 a 1999

Chega a CG 125 Titan, que estreou um novo design e melhorias técnicas nos freios e embreagem.  

5ª geração – 2000 a 2002

A partida elétrica e o freio a disco dianteiro em algumas versões da CG marcaram esta geração.

6ª geração – 2004 a 2009

Estreia o motor OHC 150 cc, mais potente e econômico. Na ciclística, chassi mais reforçado e suspensões de maior curso. Em 2005, surge a CG 125 Fan, com motor OHV, de preço mais acessível.

7ª geração – 2009 a 2013

O sistema de injeção PGM-FI estreia nas CG, com uma versão que pode usar tanto etanol como gasolina, a CG 150 Mix.

8ª geração – 2013 a 2015

As Honda CG se multiplicam, com versões CG 125 Fan KS, CG 125 Fan ES e CG 125 Fan ESD, 150 Fan (ESDi) e 150 Titan (ESD/EX). Surge um novo chassi, mais resistente e leve, de aço estampado. A garantia passa a ser de três anos. A Cargo traz duas versões: 125 e 150 Flex.

9ª geração – 2015 a 2024

Novo motor de 160 cc e sistema de freios CBS são adotados nas quatro versões da CG: Start, Fan, Titan e Cargo.

E mais: a Honda CG, desde sua primeira versão, acompanhou as tendências estéticas da época, assim como foram muitas as séries especiais em homenagem a momentos especiais, como a versão dourada “5 milhões” de 2003, a versão verde e amarela homenageando a Copa do Mundo em 2014 e outras que se tornaram verdadeiros objetos de coleção. Enfim, uma moto que anda de mãos dadas com a história dos brasileiros!