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História das corridas de moto: o início da MotoGP

Na Competição

Seja no asfalto, na terra, na lama ou na areia, um bom piloto deve estar preparado para enfrentar qualquer competição e corrida de moto. Esse universo radical está no DNA da Honda e realmente é para aqueles que são movidos pelo desafio. Acompanhe conteúdos especiais sobre os campeonatos nacionais e internacionais de motovelocidade e motocross como MotoGP, SuperBike e muito mais!

História das corridas de moto: o início da MotoGP

Na Competição 03/06/2020
Piloto da Honda Marc Marquez em pé em moto segurando bandeira na mão esquerda no MotoGP

A temporada de 2020 da MotoGP foi duramente afetada pela pandemia mundial devido ao covid-19. Enquanto roemos as unhas até os cotovelos, esperando quando finalmente poderemos assistir ao menos um treino da MotoGP, saber qual será o novo calendário, o horário e outras informações, vale a pena contar como a MotoGP surgiu.  

Na história das corridas de moto, mudanças nos regulamentos são comuns, cíclicas. Na maioria das vezes o motivo é a necessidade de atualização técnica, e não foi diferente no começo dos anos 2000, quando a principal categoria da motovelocidade mundial recebeu uma nova denominação para suas corridas: MotoGP.

Até então, a Fórmula 1 das motos era chamada de “categoria 500”, nome que remetia ao limite da capacidade cúbica dos motores das motos admitidas na competição, 500 centímetros cúbicos, ou 500cc. Esse “teto” para o tamanho dos motores resultara em um domínio contínuo da tecnologia 2 tempos, motores que venceram de forma consecutiva os campeonatos mundiais de 1975 até 2001.

Compactos, leves e com menor número de peças móveis, os motores 2 tempos pareciam perfeitos para uso em competição. Porém, da metade dos anos 1970 ao começo do novo milênio, o mundo mudou, e um novo aspecto ganhou relevância: conter as emissões de gases nocivos na atmosfera.

Por conta de sua característica técnica, usar óleo misturado à gasolina no processo de combustão, os motores 2 tempos viraram inimigos do meio ambiente. Apesar da maior potência específica – um 2 tempos de 500cc, em teoria, tem potência igual à um 1.000cc 4 tempos – toda a fumaceira que saia pelos escapamentos das máquinas de 500cc deixou de ter graça, e deste modo, no final dos anos 1990, as principais marcas já sabiam que o ano de 2001 significava o ponto final da era dos motores 500cc 2 tempos.

Valentino Rossi, pilotando a lendária Honda NSR 500 2 tempos, foi campeão em 2001, o último ano da categoria 500. No ano seguinte, o mesmo Rossi foi campeão novamente, mas desta vez pilotando uma Honda RC 211V, a primeira campeã da MotoGP dotada de um fantástico motor de cinco cilindros em V com tecnologia 4 tempos.

Sem fumaça, sem tanta agressão ao meio ambiente, o que se viu foi uma evolução do espetáculo. Todas as fabricantes envolvidas na disputa pelo Campeonato Mundial apresentaram sua “receita” de motor 4 tempos, e o temor que de algum modo o campeonato mundial perdesse brilho se mostrou infundado. Aliás, pelo contrário: a entrada dos motores 4 tempos de 1.000cc foi um sucesso. O público entendeu que aqueles protótipos serviam como válido laboratório para desenvolvimento de tecnologia das motos do dia a dia.

Desde então, a categoria MotoGP atrai cada vez mais fãs e diversas soluções ali desenvolvidas – modos de gestão eletrônica do motor, controle de tração e a embreagem deslizante são apenas alguns exemplos – estão em nossas motos atualmente.

Da conquista de Rossi na MotoGP com a pioneira Honda RC 211V em 2002 até a de Marc Márquez com a Honda RC 213V em 2019, dezoito temporadas se passaram. Nelas a Honda foi a marca que mais venceu, um total de 153 Grande Prêmios e 22 títulos, dez no Mundial de Pilotos e doze no Mundial de Construtores, prova inequívoca do domínio Honda na principal categoria do motociclismo mundial.