Seja no asfalto, na terra, na lama ou na areia, um bom piloto deve estar preparado para enfrentar qualquer competição e corrida de moto. Esse universo radical está no DNA da Honda e realmente é para aqueles que são movidos pelo desafio. Acompanhe conteúdos especiais sobre os campeonatos nacionais e internacionais de motovelocidade e motocross como MotoGP, SuperBike e muito mais!
Pilotos como Marc Márquez são raros. Quando muito surge um a cada década. São talentos cristalinos, com características tão especiais que é possível considerá-los campeões dos campeões, gente que não se contenta em vencer um ou dois títulos mundiais pois querem mais e mais, sempre mais.
No caso de Marc esta “fome” lhe deu nada menos que oito títulos mundiais – seis deles na MotoGP – e quatro seguidos, de 2016 até 2019. Tudo ia bem até a fatídica corrida em Jerez de la Frontera, etapa de abertura da MotoGP do estranho ano de 2020, marcado pela pandemia Covid-19.
Naquela corrida, Márquez se acidentou, fraturou o braço direito e mergulhou em um túnel aparentemente sem saída. Foi operado, tentou correr no final de semana sucessivo, não deu. Forçou quando não devia, e as coisas foram piorando. Ficou nove meses longe das pistas, voltou em abril de 2021 e, dois meses depois, finalmente venceu. Uma, duas, três vezes. O campeão estava recuperado?
Definitivamente, não: formam três vitórias conseguidas com muita dor e dificuldade para controlar a moto. O braço não estava legal, faltava força, a fratura se consolidou, mas em posição anormal, com quase 30 graus de rotação. Isso o obrigava a um posicionamento estranho sobre a moto.
Então, no final de maio deste ano, Marc Márquez plenamente apoiado pela Honda tomou a difícil decisão de realizar uma quarta operação, que praticamente o tira do restante da temporada 2022 da MotoGP.
Quem segue o motociclismo sabe que muitas vezes não é o surgimento de um rival mais forte a interromper a escalada de um piloto, mas sim um infortúnio e suas sequelas, as físicas principalmente, mas também as psicológicas.
A decisão de novamente ser operado para consertar a torção indevida no úmero, o osso mais longo do braço, que une o ombro ao cotovelo, dá bem a dimensão da garra do campeão espanhol. Sua força mental lhe impõe um objetivo, que é o de voltar a ser o que sempre foi: praticamente imbatível, o melhor entre os melhores de seu tempo.
A operação de Marc Márquez, realizada nos EUA no começo de junho foi bem sucedida. De volta à sua casa em Cervera, na região da Catalunha, ele sabe que agora começará o maior desafio de sua carreira: suportar os meses longe do guidão e os pensamentos ruins, que vai driblar com a fibra de campeão dos campeões. Um dos maiores dominadores de seu tempo quando o tema é motovelocidade.
Boa sorte Marc, estamos na torcida!
