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As siglas e os nomes das Honda - Parte 3: NX, NXR, XL, XLX, XLR, XR, XRE e XRV

O poder dos sonhos

Para você que é curioso e quer saber tudo sobre a história da moto, curiosidades da Honda e acontecimentos extraordinários do universo das motocicletas, contamos tudo aqui. Surpreenda-se com a jornada da marca que mais entende de sonhos.

As siglas e os nomes das Honda - Parte 3: NX, NXR, XL, XLX, XLR, XR, XRE e XRV

O poder dos sonhos 11/07/2022
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As siglas e os nomes das Honda
Parte 3

Esta terceira parte da série dedicada à nomenclatura das motocicletas Honda trata da letra X, frequentemente associada à motos on-off ou as 100% off-road por conta de sua representação gráfica, de óbvia associação com o cruzar (cross...) de caminhos.

Começando pelas XL, foi no começo dos anos 1970 que a primeira Honda recebeu esta sigla, a XL 250 Motosport, moto pioneira que lançou as bases daquilo que viriam a ser as trail modernas. Moderníssima – foi o primeiro motor de grande produção a ter cabeçote com 4 válvulas na história – a XL 250 Motosport original deu origem a tantas outras motos com esta sigla, entre as quais a primeira trail da Honda fabricada no Brasil, a XL 250R de 1982, que teve como herdeiras as XLX 250 e 350R.

Característica comum à todas as XL (ou XLX) era o fato de serem trails, motos “dual-purpose”, de dupla finalidade: equipadas com farol, lanterna, piscas e instrumentos, podiam ser emplacadas e rodar livremente por cidade e rodovia, mas também encarar estradas de terra e até mesmo trilhas.

Já a família XR nasceu com uma pegada um pouco mais radical. A primeira Honda assim batizada foi a XR 500 de 1979, enduro que derivava totalmente da XL 250 Motosport, apenas dotada de motor maior. Logo a Honda dedicou a sigla XR à uma safra de motos realmente de briga, específicas para o off-road, com motores 4 tempos, fator que as diferenciava das CR da época, de motores 2T.

Com o tempo, o sucesso das XR resultou em derivações menos radicais do que as XR com a terminação “R” depois da cilindrada (XR 600R por exemplo), identificadas pela letra “L” após a cifra, como por exemplo a XR 650L, uma das mais longevas off-road da Honda, em produção desde 1992 praticamente sem mudanças.

As quatro vitórias consecutivas no Dakar em meados dos anos 1980 assombraram o mundo dos ralis, e a moto usada, uma poderosa bicilíndrica de 780 cc, estreou a sigla NXR. O sucesso na competição foi a deixa para a siga NXR e NX se tornarem habituais em motos bem menos extremas que a dominadora do Dakar, tais como as NX 125, NX 250 e a bem mais famosa NX 650 Dominator, assim como as “nossas” (made in Manaus) NX 150, NX 200 e NX 350 Sahara, de 1989, antecessoras das NX-4 Falcon e NX 400i Falcon. A sigla NXR é, até hoje, uma protagonista através da NXR 160 Bros, sucessora das irmãs 125 e 150, trails de enorme sucesso.

Importante é lembrar também das XRV do final dos anos 1980, sigla que tem a notoriedade de ter estreado o nome Africa Twin, menção ao sucesso da Honda no Dakar à época, assim como ao motor bicilindro em V. As XRV Africa Twin tiveram, nos dois anos iniciais, motor de 650 cc para depois adotar um 750 cc até 2003. 

Encerra esta 3ª parte sobre a nomenclatura das Honda a brasileiríssima família XRE, formada pela 300 e 190 que, como sabemos, não tem pegada 100% off-road, assim como as XLR 125 e XR 250 Tornado, todas elas herdeiras da versatilidade que caracterizou as primeiras XL e XLX aqui produzidas nos anos 1980 e 1990.

Na 4º parte, mais nomenclaturas e os nomes mais famosos encerram esta série.